Previdência associativa: mais segurança quanto ao futuro

A previdência associativa, fundos de pensão criados por entidades de classe, associações e cooperativas para seus associados, é uma boa opção para o trabalhador que quer melhorar sua renda na aposentadoria e garantir um futuro tranquilo, coisa que os benefícios pagos pela Previdência Social não são suficientes para promover.

O plano de previdência ACRICELPrev, instituído pela Associação Cultural, Recreativa e Social da Indústria de Madeira, Celulose, Química e Serviços Portuários nos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia (Acricel), já nasce como um dos maiores programas de previdência associativa do país, com cerca de 200 participantes.

Com ele, o participante é o responsável por definir previamente a sua contribuição, que será administrada exclusivamente pela instituição financeira. Atualmente, o modelo é tão ou mais atraente do que os planos patrocinados, ambos operados por entidades fechadas de previdência ou fundos de pensão, como são também conhecidos.

A instituição, que possui sede no Espírito Santo, mas atende ainda os estados de Minas Gerais e Bahia, surgiu a partir da iniciativa de um grupo de ex-participantes da Fundação Aracruz de Seguridade Social (Arus), que buscou alternativas para aplicação dos recursos oriundos da retirada de patrocínio do Plano da entidade.

Ao aderir ao plano, o participante se mantém no sistema fechado de previdência complementar, com taxas, tratamento e flexibilidade diferenciados dos oferecidos pelos planos normais de mercado.

 

Foco nos jovens

O foco do ACRICELPrev, de acordo com o superintendente executivo, Antônio Villas Boas, é trazer cada vez mais jovens para rejuvenescer o plano e garantir a ele uma continuidade. “É importante que os jovens comecem a ter visão de longo prazo e garantam seu futuro. Já temos aproximadamente 30 ou 40 pessoas menores de idade ou jovens que já aderiram ao plano. Isso mostra que os jovens já estão se preocupando mais do que há anos atrás”, aponta.

A participação de jovens em planos de previdência privada confirma estudos recentes de mercado, que apontam que 20% dos investidores dessa faixa etária, a chamada geração Y, já possuem esse tipo de aplicação financeira. Além disso, embora sejam ousados em diversas atitudes que adotam na vida profissional e pessoal, quando se trata de investimento, os jovens são conservadores.

O atual momento de incerteza na economia mundial reforça o comportamento dos investidores que buscam aplicações financeiras mais conservadoras, incluindo a geração Y. “Adicionalmente a esse panorama, os jovens percebem a previdência complementar como importante elo na cadeia dos mecanismos de proteção contra perdas do poder aquisitivo na aposentadoria”, ressalta Villas.